sexta-feira, abril 01, 2011

Ao amanhã. Ao hoje





Que espécie de pessoa serei no futuro?
Penso muito nisso, fico tentando imaginar como serei. Como estarei daqui uns anos, se mais velha, como me sentirei a respeito dessa velhice?
Como me sentirei quando realmente descobrir quê a única infância que existe não é mais aquela de que quando pulava corda. Eu pulava corda?? Não me lembro...
Fico tentando imaginar e de tanto tentar acabo me cansando, ás vezes me canso de tanto pensar, mas pensar faz parte de meu sistema.
O amanhã é algo tão estranho; ultimamente tenho me concentrado mais no presente, acho que de tanto tentar deduzir hipóteses sobre o futuro, acabei me cansando de desvenda- ló.

Conversando com uma amiga, ela me dizia da vontade que sente de ver o tempo passar rápido, de se formar, de ir ao Egito dentre outras coisas; Quanto a mim, não tenho a menor pressa, e quando disse que ainda não me sentia uma adulta, ela riu. É claro que já não sou mais aquela menininha que lia astrologia e sonhava encontrar um príncipe encantado, aprendi que os melhores príncipes são aqueles que vêm com defeito de fabricação.
Apressar a vida não é garantia (sinônimo) de felicidade.
Pela primeira vez não sinto a menor pressa de viver, para viver.
Há tantas coisas para serem vividas, coisas que nem em sonho serei e seremos capazes de imaginar.
As coisas acontecem quando tem que acontecer. Não estou dizendo que DEVEMOS parar e esperar que tudo caia do céu, estou apenas dizendo que talvez seja melhor viver um dia de cada vez. Sentir as sensações, sentir, PERMITIR que coisas boas e até mesmo ruins não seja motivo de glória ou desespero.
Quando ao AMOR, palavra tão significativa para nossa existência, ele está tão presente quanto o ar que respiro, há tantas formas e maneiras diferentes de amar... E por existir tantas formas não irei me preocupar em torná-lo imortal.
“Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito em quanto dure.”
E viver deve ser exatamente isso, não se prender ou se angustiar pelas coisas, se elas serão ou não eternas, apenas viver, fazer da vida o seu melhor, sonhar, ir a luta, chorar e rir ao mesmo tempo, por que não?

E se a dádiva da eternidade nós abençoar que sejamos abençoados, se não, que ao menos tenhamos a coragem de mudar quando for chegada a hora.

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