Sinceramente acho que você anda precisando de umas verdades. Quem você pensa que é? Você não sabe (...) Vai à puta que pariu a culpa de tudo isso é minha, se sou eu que sempre faço o que você quer, sempre. Bajulo você de todas as formas possíveis. Então imagino que sou eu que devo mudar, sabe aquela teoria que homens sempre preferem as malvadas, pois é, isso mesmo que ando precisando fazer, virar uma bruxa. Ah! Mas como virar uma bruxa se aos seus olhos já sou um demônio? Vem dái o meu carma “sou inteiramente tragada pela pessoa que amo. Sou como uma membrana permeável. Se eu amo você, lhe dou tudo que tenho. Dou-lhe o meu tempo, a minha dedicação, a minha bunda, o meu dinheiro, a minha família, o meu cachorro, o dinheiro do meu cachorro, o tempo do meu cachorro – tudo”.
Estou cansada de verdade, cansada de bancar a neurótica, a insana, a confusa, aquela que nunca sabe direito a diferença entre amor e paixão, porque no fundo meu caro, ambos são inseparáveis. Você vive levando de mim a alegria, a paz, lógico, seu jeito egoísta não permite que eu seja feliz de verdade, você me suga como um parasita porque sabe muito bem que no fundo necessito ser sugada, e você por mais que negue precisa de mim, talvez pela razão de não haver razão nenhum, autoajuda, quem sabe seja eu sua tábua de salvação.
Talvez a bondade não seja uma virtude muito boa, porque ela não tem me ajudado em muita coisa quando o assunto é você, pra ser franca de todas as minhas inquietações você é a que mais me faz perder a prumo. Sei lá, quando penso que tudo está indo bem, quando penso que agora sua neurose que te leva ao medo está curada, pimba, você some, como se ao sumir o tempo fosse uma solução para que suas (nossas) sensações e neuras voltassem ao normal. Porra, o que é normal nesse mundo onde nada é normal?
Seu problema é que você não valoriza o que faço, não se importa se minhas raras qualidades são importantes ou não, tudo que conta para você é o grau da intensidade de meus defeitos. Quando penso no tempo, no quanto ele pode ser a resposta de tudo aquilo que me aflige, me sinto mais agoniado ainda. Tenho pensado, ele o tempo, não vai alterar as regras desse jogo, ou sei lá que nome posso dar para isso, enquanto eu, claro a bruxa, não impor as minhas regras. Não sei qual é a tua, mas sei o que eu quero, quero você, mas não mais que a mim.
Querido, seu ego é muito grande, pois acredita que sempre voltar pra você é meu destino, não não, nunca acreditei que destino signifique viver na bobeira da corda bamba, bobeira é ficar na crença de que um dia, sem neuras ou entraves ficaremos juntos. Covardia, covardia a minha usar você como meu príncipe encantado, covardia a sua me usar mal, me ter como uma válvula de escape no meio da noite, ou quando seus fantasmas sobrevoam seus pensamentos, covardia a nossa não viver a droga desse amor por medo de amanhã o ódio ser o único sentimento que possa vir a existir. Caralho, não podia ser mais simples não?
Sorte terá você se nunca me ver novamente, sorte será a minha não acreditar nessa palavra. A vida é muita irônica, mas não é exatamente a ironia da vida que me preocupa, o que inquieta é a nossa capacidade de amar errado, amar com medo não leva ninguém a lugar algum. Não adianta tentar explicar o que nem eu mesma sei, francamente não sei de muita coisa, amor não se sabe, sente-se.
Bem sei que “daqui uns dias.... você vai me ligar. Querendo tomar aquele café de sempre, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo." Baby, amanhã somente por mais amanhã teremos novamente algumas noites quentes, não pense que meu destino seja voltar pra você como sua medalhinha da sorte, a sorte meu querido, nem sempre vai te ajudar em muita coisa quando o assunto for nós.
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