"Minha querida amiga, continuo amadora em tudo e as palavras ainda me parecem pequenas demais. Pequenas perto de toda aquela energia e proteção que você merecia - merece - e que eu quero te dar. A minha única sacada na vida foi ter entendido o que era necessário para amar. Também não me esqueço do vinho, dos cigarros, da solidão que foi fundamental para aceitar as esperas. Em contrapartida, cortei muita gente da minha vida. E quando eu quero, hoje eu arrumo as malas.
Porque na verdade nós não passamos de vítimas. Nós somos vítimas de nossos próprios sonhos. E não há nada que possamos fazer. Continuamos pequenos, insignificantes diante de tantas escolhas, tantas possibilidades, tanta gente interessante e melhor do que nós duas.
É como eu me encontro: de onde é que nós tiramos força e conseguimos escolher os caminhos, a enfrentar os pais, a dizer adeus? Quando e com que idade eu ou você pegamos o lápis e nos decidimos pelo caminho de escrever que não tem volta, cuspimos diante de tanta hipocrisia, tanta crueldade, tanta caretice, meu Deus. Como é que a gente foge disso tudo e encontra Paris no meio dessa cidade caótica de sol&chuva e que tem mais de um milhão de habitantes e ainda assim, todo mundo se conhece?"
segunda-feira, setembro 24, 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Ame a si mesmo
Como falar da vida sem mencionar as pessoas que um dia a tocaram de forma avassaladora? O ano está por um fio, embora a vida está posta...

Nenhum comentário:
Postar um comentário