Não há inúmeras perguntas
a serem feitas, talvez porque perguntas não serão capazes de afugentar minha
inquietude. Afastada em silêncio,
posso perceber o quanto somos levados a viver uma vida banal. Sempre que
escrevo, percebo a passado presente, o sinto tão perto que nem sequer me atrevo
à toca-ló, já não mais me importaria reviver histórias emaranhadas. Algum tempo
atrás percebi que paixão era o que faltava. Todavia, mais que uma paixão avassaladora,
prefiro o acalento do amor.
A única coisa
realmente exclusiva que existe é saudade. A saudade e o tempo são as únicas coisas
que não passam nunca, em linhas gerais, podemos dizer que o tempo mata a
saudade. Talvez o que sinto seja um instigante sintoma de saudade. Sim, não nego
que tenho curiosidade sobre o futuro, sobre o rumo intransigente e (in)constitucional
que a vida tomou. Quem sabe minha curiosidade diabólica seja o principio do meu
fim, da inóspita liberdade ou da loucura do vazio que embora não se possa evitar,
sempre há a possibilidade de se deixar para amanhã.
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