
Hoje encontro-me cansada e ausente, cansada das longas
esperas. Eu que não sei amar, que somente amo torto e desencontrado.
Ah! Se mais um pouco de amor soprasse minhas narinas,
certamente voltaria a ter esperanças.
Creio que enlouqueci, de amor ardente e zeloso. Sinto falta
das tardes tranqüilas, das viagens inesperadas, das conversas soltas e dos
abraços de rodoviária.
Eu que de tanto querer amar, acabei rodeada pelas
encruzilhadas da paixão. Se ao menos
você olhasse em meus olhos e percebesse o quanto tenho padecido.
Eu que acreditei nas loucuras advindas da tua voz, e que no
áspero beijava−te com calor ardente.
Não posso apagar as pegadas cravadas em meu peito. Como
"outra" tatuagem tem sido o seu amor em mim.
Não me resta nada a esperar, não tenho mais nada, porque tudo
que eu tinha ou supunha ter, entreguei−te, entreguei−te junto com meus devaneios.
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