Sinceramente
não sei por onde começar, fico lembrando de tudo que já te escrevi, sentimentos
tão tumultuados, carregados de
expectativas, de um amor tão forte que nem sabia usar e ainda não sei.
Faz
quase três meses que num surto de verdades expus a você tanta coisa, disse
coisas que nem lembro mais, disse coisas que nem sei se era exatamente o que
queria dizer. Depois desse tempo, escrevi algumas coisas, escrevia e guardava,
pois a intenção era te escrever somente quando estivesse preparada, não estou.
A
sensação que tenho é de que estou caindo, de uma queda que nunca chega ao fim.
Achei que o tempo fosse ajudar, dizia a mim mesma que o certo era me manter forte,
e quando não engolia o choro, chorava escondido ou então, corria para a
primeira distração que viesse a cabeça: um filme, um livro, uma pessoa com quem
pudesse conversar sobre qualquer assunto que não fosse você.
Eu não
sei o que fiz, o que disse ou não disse, para que chegássemos no estado em que
chegamos. Parece ter passado bem mais
que dois meses, parece que foram anos, mas ao mesmo tempo parece ter sido
ontem... Não sei o que você fez nesse tempo, não sei muito sobre você já tem
tempo. Não sei se sentiu a minha falta, se conheceu alguém, se esteve com
alguém. Fiquei sabendo que você está namorando.
Tenho a
impressão de você mudou tanto, de que eu nunca fui à pessoa que pensei ter sido
para você. Sempre achei que o amor fosse à melhor coisa do mundo, mas não. Tenho
arcado caro com as conseqüências de ter amado tanto você, você que sempre
pensei ter sido meu, que sempre pensei que seria para sempre.
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