terça-feira, outubro 23, 2012


Sinceramente não sei por onde começar, fico lembrando de tudo que já te escrevi, sentimentos tão tumultuados, carregados de  expectativas, de um amor tão forte que nem sabia usar e ainda não sei.
Faz quase três meses que num surto de verdades expus a você tanta coisa, disse coisas que nem lembro mais, disse coisas que nem sei se era exatamente o que queria dizer. Depois desse tempo, escrevi algumas coisas, escrevia e guardava, pois a intenção era te escrever somente quando estivesse preparada, não estou.
A sensação que tenho é de que estou caindo, de uma queda que nunca chega ao fim. Achei que o tempo fosse ajudar, dizia a mim mesma que o certo era me manter forte, e quando não engolia o choro, chorava escondido ou então, corria para a primeira distração que viesse a cabeça: um filme, um livro, uma pessoa com quem pudesse conversar sobre qualquer assunto que não fosse você.
Eu não sei o que fiz, o que disse ou não disse, para que chegássemos no estado em que chegamos.  Parece ter passado bem mais que dois meses, parece que foram anos, mas ao mesmo tempo parece ter sido ontem... Não sei o que você fez nesse tempo, não sei muito sobre você já tem tempo. Não sei se sentiu a minha falta, se conheceu alguém, se esteve com alguém. Fiquei sabendo que você está namorando.
Tenho a impressão de você mudou tanto, de que eu nunca fui à pessoa que pensei ter sido para você. Sempre achei que o amor fosse à melhor coisa do mundo, mas não. Tenho arcado caro com as conseqüências de ter amado tanto você, você que sempre pensei ter sido meu, que sempre pensei que seria para sempre.

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