sexta-feira, abril 01, 2011


"... conheço pessoas que escolhem não se envolver para evitar o sofrimento da separação. Não aceitam o risco, e tal separação, em certos casos, não é sequer um risco, é uma certeza. Você ganha um cãozinho e sabe que ele vai viver muito menos que você - a separação, nesse caso, é definitiva e é uma consequência natural. Não é pequeno o número de pessoas que preferem evitar esse apego como estratégia para não sofrer mais tarde. Viver é um risco, disse Leo Buscaglia em seu poema. Estender a mão aos outros é arriscar-se a se envolver. Mostrar seus sentimentos é expor sua humanidade. Amar é arriscar-se a não ser amado. Chorar é arriscar-se a parecer sentimental. Tentar é arriscar-se ao fracasso, continua, para depois concluir: Mas os riscos têm que ser corridos, pois o maior perigo da vida é não arricar-se a nada. A pessoa que não arrisca nada não faz nada, não tem nada e não é nada. Pode evitar o sofrimento e o pesar, mas não pode aprender, sentir, mudar, crescer, viver ou amar. Acorrentado por suas certezas e vícios, é um escravo. Sacrificou seu maior predicado, que é a liberdade individual. Só a pessoa que arrisca é livre."

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