A educação tem sofrido transformações políticas, econômicas, sociais e culturais, o que tem levado educadores a reavaliar o seu papel enquanto mestres.
Ela é um dos fatores contribuintes para o desenvolvimento social, e a Escola uma instituição, na maioria das vezes, pública pertencente ao Estado. Tendo a Educação como um dos princípios básicos para a democratização social, inserida na Constituição Federal de 1988:
Art. 206 - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal.
Art. 207 - As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto.
O Sistema Capitalista mascara as relações sociais a ponto de negar a liberdade de pensamento e atividade crítica de alunos e professores, daí a necessidade da educação, atribuída a uma visão aberta e consciente-crítico da realidade na qual estamos inseridos. Deste modo, formar pensadores vai muito mais além da cotidianidade escolar.
“Num mundo globalizado, transnacional, nossos alunos precisam estar preparados para uma leitura crítica das transformações que ocorrem em escala mundial. Num mundo de intensas transformações cientificas e tecnológicas, precisam de uma formação geral sólida capaz de ajudá-los na sua capacidade de pensar cientificamente, de colocar cientificamente os problemas humanos.”
A educação adquirida na Escola desenvolve um papel importantíssimo para com a sociedade civil, é por meio dela que o conhecimento, necessário para muitas das atividades humanas, profissionais, sociais e culturais, podem ser adquiridos e transferidos para a sociedade civil enquanto classe social. Vale destacar que juntamente com ela, grandes Movimentos Sociais vieram à tona.
Quando se fala em educação ela é a base para o desenvolvimento de uma nação. Assim educar é muito mais que ensinar rotineiramente uma atividade, é transmitir conhecimentos e valores morais. A educação tem alterado a sua forma de dirigir saberes.
A tecnologia alterou constantemente a visão da escola nos dias de hoje. Ela tem se aperfeiçoado e em pleno século XXI a informática invadiu o ensino em geral.
Para tanto, a inserção de professores nesse novo ramo tem sido uma busca constante: o aperfeiçoamento, a qualificação profissional requer destes um aprender cotidiano, que deve partir sobretudo dos próprios educadores. Entretanto, não podemos negar que nem sempre essa nova dimensão tem permitido a todos a mesma familiaridade, a inclusão digital por mais que ela esteja estampada em todos os jornais, há um fator de exclusão social que estigmatiza grande parte da população.
Nas sociedades pós-industriais a busca por um conhecimento intelectual, emancipatório e voltado para a comunicação entre as classes tem ganhado força. Assim a prática educacional tem exigido adquirir uma nova concepção de ver e rever conceitos.
O papel do pedagogo ou de profissionais voltados para o ensino acadêmico tem se vinculado a novas exigências do mercado, exigências essas que “implica articular os objetivos convencionais da escola”. È preciso que o professor tenha conhecimento além de sua formação acadêmica: a níveis de informações, inovações científicas e tecnológicas, o que implica também inclui-lós nessa nova robótica (capacitá-los e instrui-lós para os benefícios advindos desta).
Há a necessidade de aperfeiçoar tanto professores quanto alunos, pois somente deste modo, à relação entre ambos poderá destrinchar de uma forma, que permitirá um maior aprendizado voltado, não somente para as exigências do mercado, mas, sobretudo, para uma realidade social que permita uma maior análise das necessidades sociais e políticas que constantemente almejamos e necessitamos.
A atuação dos professores deve ser repensada não somente no sentido particular do caso. Reavaliar os métodos de ensino que estão sendo aplicados, reavaliar a forma com a qual o Estado exerce o seu papel social frente às camadas sociais e reavaliar as múltiplas formas de tratamento entre docente e discente. Parafraseando Libâneo é preciso pensar a relação entre professores e alunos e sociedade dentro do contexto de um projeto “emancipatório de educação.”
Embora o ensino tenha encontrado inúmeras barreiras: violência nas salas de aula, uso indevido de substâncias tóxicas, má remuneração, precariedade institucional etc, não há reforma social sem a consciência critica dos profissionais. Deste modo, a maneira na qual se aplica os conteúdos é de muitíssima valia tanto para mestres como para própria sociedade em geral. Sem deixar de mencionar que uma “reforma educacional” tem que partir da realidade social de alunos e professores.
Deve-se levar em conta que a luta pelo acesso igualitária do uso da tecnologia e da comunicação deve estar intrínseco a uma melhoria no desenvolvimento estudantil e deve-se destacar que o professor tem um papel importantíssimo no desenrolar da formação acadêmica de seus alunos.
“O professor, por sua vez, não pode deixar de ter um compromisso profissional, ele precisa assumir que tem um papel importante na sociedade. Não pode mudar o mundo, mas é um elemento fundamental no desenvolvimento cultural da sociedade.”
Enfim, a educação como cita Paulo Freire é “sempre uma teoria do conhecimento posta em pratica.”. Que a capacidade de ‘aprender a prender’, esteja aberto às mudanças necessárias ao desenvolvimento da educação, despertando o interesse de educadores e educandos a intervir na realidade, e a encontrar respostas para as indagações mediante um saber crítico-reflexivo, que os leve a uma visão de mundo voltado não para as exigências que o próprio sistema capitalista nos impõe, mas para uma sociedade autônoma e livre, consciente do seu papel enquanto cidadãos.
RESenha crítica do Livro Adeus proessor, adeus professora, de José Carlos Libâneo.
segunda-feira, maio 30, 2011
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